sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O CRONISTA VOLTA A ATACAR
.por José Geraldes Ramos a quinta-feira, 18 de Novembro de 2010 às 23:46.


Crónica Segunda: "Acerca das folhas soltas que inundam as ruas do nosso Concelho".

Olho para as ruas do nosso Concelho e digo para mim mesmo: porque não escrever sobre as folhas soltas, enquanto as brigadas de limpeza da Câmara, não as recolhem, inevitavelmente aos sábados, para justificarem horas extras para os funcionários eleitos como a aristocracia operária dos tempos do PREC !


Mas, deixemos estes horários dúbios para os Vereadores da Oposição!


E a primeira folha solta que recolho do chão remete-me para a candidatura ( ou será, tão somente, uma propositura) candidatura essa do PCP, logo, o Francisco Lopes, electricista, aliás, profissão digna e de alto risco e de alta voltagem.


O Electrificante Francisco define a sua candidatura como Patriótica. Até aqui tudo bem: candidata-se a Presidente da República, logo da Pátria, logo Patriótica. Mas no meu cérebro fez-se um curto-circuito: então as outras candidaturas não são patrióticas?


Então porquê a evocação e a tónica no Patriotismo do Francisco Lopes?


Eu tenho uma explicação para isto: estamos perante um pleonasmo e um acto falhado! Passo a explicar: pleonasmo é aquilo que é supérfluo, aquilo que é redundante, do género "parece-me a mim; entrar para dentro". Acto falhado é uma expressão freudiana referida no livro "Sobre a Psicopatologia do Quotidiano". Significa que, inconscientemente, isto é, através do acto falhado, o desejo do inconsciente é realizado. Isto explica o facto de que nenhum gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. Os actos falhados consistem em revelar o que o íntimo oculta. No caso concreto, o facto do PCP se definir como um Partido Internacionalista, saudosista das Internacionais Comunistas do Princípio do Século XX.

Este axioma marxista leninista de que o Comunismo não se confina a um só País, daí ser necessário exportar a Revolução, vem demonstrar à evidência que o PCP está em contra ponto e com profunda angústia perante Presidências da República, Democracias Parlamentares e outras manifestações de burguesias nacionalistas. Portanto, é preciso afirmar e vender aquilo que não se sente: o Patriotismo! ( diga-se em abono da verdade que o Slogan "Uma Candidatura Patriótica e de Esquerda", para além de fracota, revela falta de criatividade.).

Finalizaria esta prosa em torno de uma folha caída, citando, pasme-se, Nicolau Breyner: "É melhor ser Alegre que ser triste"


Fim de citação.

Boa Noite










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