quarta-feira, 30 de julho de 2014

A propaganda, que eu saiba, não tira a fome!

A grande política nem sempre joga com a pequena política, assim como a bota não joga com a perdigota.
Vem esta  introdução a propósito de uma notícia sobre refeições nas escolas em Agosto, destinadas a crianças carenciadas, na qual o Município do Seixal, simplesmente, não aparece.




Esta notícia pode e deve remeter para uma preocupação manifestada pela Bancada do PS na Assembleia Municipal, aquando da discussão do Orçamento para 2014. Na altura, eu próprio na qualidade de deputado municipal escrevi e li:



«Vem à baila, o exagero de gastos com o Boletim Municipal.

Nós  sabemos e até compreendemos quanto fundamental é o Boletim para a vossa estratégia de marketing e  propaganda mas, caramba, bastava um pouco de boa vontade para nos próximos tempos as  edições passarem a ser mensais e não quinzenais e com isto, sempre se poupavam uns cobres.

E até vos  damos uma sugestão, coloquem lá esse dinheirinho no Capítulo da Intervenção Social, porque,  nesta área, vocês apenas inscreveram  1% (1.254.000 euros) do Orçamento.
 
Poder-me-ão dizer que não existe relação directa entre refeições para crianças carenciadas e os gastos com o Boletim. Contudo, não deixa de ser preocupante e censurável a percentagem de 1% do Orçamento, afecto à Intervenção Social.
A Câmara tem a obrigação e o dever de explicar esta omissão.
A Câmara tem a obrigação e o dever de explicar como passa a taxa de resíduos sólidos urbanos de 25 para 40 por cento e depois é ver, por esse Concelho fora, o descalabro com a recolha do lixo.
A Câmara tem a obrigação e o dever de explicar o porquê de, em 2014, a Praia da Ponta dos Corvos ter perdido a bandeira de Ouro.
A Câmara tem a obrigação e o dever de explicar porque procedeu ao descabimento de metade do Orçamento para a referida Praia.
A Câmara tem a obrigação e o dever  de explicar o porquê da praga de baratas no nosso Concelho.
A Câmara tem a obrigação e o dever de explicar o que se está a passar com o Estádio do Bravo.
Como a conversa é como as cerejas, poder-se-ia ir por aí fora quanto às opções políticas e de gestão mas, por agora chega. Fico expectante quanto às explicações de tanto descalabro.
 
Uma breve nota à laia de recomendação: vão lá ver a periodicidade, o número de páginas e a tiragem dos Boletins das Câmaras CDU à volta do Concelho e depois falamos! 
 
 
 



 
 

 

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